FOMENTO À ECONOMIA

ACIC E TRADE DESENVOLVEM PROJETO TURISMO POSITIVO

A Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC) e o trade turístico da cidade estão unidos para traçar o perfil da população flutuante do município. Além de identificar as características dos turistas e seus locais de origem, a ACIC e empresários buscam qualificar ainda mais a mão de obra que atua na cadeia turística de Canela.

A ACIC acredita que as informações sobre o perfil do visitante são uma ferramenta para a tomada de decisões e debates que são muito pertinentes para o momento atual, assim como as capacitações que estão sendo propostas para os trabalhadores e gestores a fim de contribuir para a qualificação das experiências turísticas oferecidas na cidade.

Para atingir estes objetivos, a entidade e 28 empresas estão inseridas no Projeto Turismo Positivo. “O Turismo Positivo é um projeto a longo prazo. Queremos entender o turista e o prestador se serviço, que são dois personagens do movimento turístico para desenvolvermos alternativas que fomentem cada vez mais o turismo”, explica o presidente da ACIC, Maurício Boniatti.

Por meio de pesquisas junto aos trabalhadores da indústria do turismo e comércio e visitantes, o programa finalizou a sua primeira etapa. O levantamento com os trabalhadores atingiu uma amostra significativa. Foram 398 respostas dos colaboradores, as quais deverão ser usadas para os empresários possam ter subsídios para melhorar a jornada de trabalho.

Mesmo salientando que as respostas foram obtidas em um contexto de temporada de Páscoa, alguns dados sobre o visitante podem servir de pontapé inicial para orientação, questionamentos e direcionamentos.

A coleta de dados junto aos turistas iniciou em 21 de março em alguns atrativos e pontos como Catedral de Pedra, Estação Campos de Canella e ao longo da Avenida Osvaldo Aranha e Rua Felisberto Soares. O resultado das 485 respostas pode auxiliar no planejamento de ações e estratégias que poderão impactar positivamente no turismo de Canela, atividade que é a matriz econômica da cidade.

Ainda segundo Maurício Boniatti, “o objetivo é fazer com que turista tenha a melhor estadia possível, para que o turista quando voltar para a sua cidade divulgue e recomende Canela”. Para o presidente da ACIC, o Turismo Positivo também busca identificar os aspectos negativos considerados pelos turistas para que por meio de ações melhorias possam ser executadas. “A pesquisa não apresentou muita surpresa, foi ao encontro do que já sentíamos antes, mas agora temos números concretos para pedir mudanças e melhorar a divulgação turística também”, salienta.

O levantamento feito junto aos visitantes antes e durante a temporada de Páscoa revelou que 58% dos entrevistados têm entre 30 a 49 anos e 26,6% acima de 50 anos de idade. A pesquisa também aponta que 55,3% têm renda mensal entre dois e seis salários mínimos e 31,5% recebe acima de seis salários mínimos. Outro dado relevante diz respeito à rede hoteleira e afins. Setenta e sete por cento dos entrevistados informaram que se hospedaram em estabelecimentos hoteleiros, 12% em locações por temporada e 11% em outros. A pesquisa revela que 53% hospedou-se em Gramado e 47% em Canela.

As entrevistas apontam que 25% dos turistas entrevistados visitaram Canela em razão das belezas naturais do município.

O Turismo Positivo também prevê a realização de cursos para o quadro funcional das 28 empresas que participam do projeto. O programa realizará o Conheça Nossa Cidade, um projeto que levará trabalhadores do segmento de turismo para visitarem vários pontos turísticos do município. Leia mais sobre o projeto Turismo Positivo e o detalhamento na pesquisa no site www.acic.com.br.

DIMINUIÇÃO NA DEMANDA TURÍSTICA É EM PARTE CIRCUNSTANCIAL

Os números mais baixos registrados na movimentação turística da Região das Hortênsias – que tenta voltar ao patamar de antes da pandemia -, em se comparados com os verificados há um ano atrás deixaram no ambiente do trade de Canela e Gramado um clima de inquietação. Processo que se iniciou, talvez, com as consequências das intempéries calamitosas de novembro de 2023 que prejudicaram vias de acesso às nossas cidades, as causas da menor movimentação no Natal e na Páscoa estão sendo levantadas. Mas é uma preocupação que não vem de hoje, pois o turismo de Gramado e Canela está sempre se reinventando, para agregar fatos e atrativos novos à grande rede hoteleira e gastronômica. Ao mesmo tempo que com mangas arregaçadas, o momento exige serenidade no diagnóstico e proposição de rumos, e para isso entidades como o SindTur Serra Gaúcha, a Associação Comercial e Industrial de Canela- ACIC e as Secretarias de Turismo tem se preocupado, não é de hoje. Buscando trabalhar baseados em dados concretos, buscando a adesão de todos. Um exemplo é o Programa Turismo Positivo, da ACIC.
Conversando com o canelense Ismael Viezze, turismólogo e consultor executivo da associação, fomos em busca de elucidar melhor o que está se passando com a nossa atividade econômica principal. Vimos que existem questões estruturais e há as circunstanciais, que são fatores cíclicos e pontuais que interferem decisivamente nos resultados de uma atividade. Resultados menos satisfatórios notados, por exemplo, também em destinos como o Vale dos Vinhedos, indicam que talvez o “problema” não ocorreu, nessa Páscoa, só aqui. E a diminuição na demanda não se dá só pelos preços altos que divulgam os alarmistas e propagadores de fake news. Seguindo com a Páscoa como cenário, há que se levar em conta fatores como a ocorrência deste feriado cedo, com o clima ainda quente e a concorrência do litoral; as carências na oferta de voos, com consequente elevação do preço das passagens; a situação na Argentina (seja como mercado emissivo ruim, seja como receptivo atraente) e o apelo do Nordeste.
Sobre eventuais reclamações de que em um fim de semana por aqui se gasta muito, considere-se as dezenas de atrativos a serem desfrutados, quantidade que cresceu vertiginosamente à custa de altos investimentos. Mesmo assim, escolher um ou dois para levar a família e frequentar lugares de acesso free sempre será uma opção.
Quanto a fatores estruturais, há características notórias que dificilmente se modificarão, como o preço do luxo e da alta qualidade. O hotel de luxo, diferenciado, não tem como baixar qualidade e preço sem estragar uma reputação conquistada. O restaurante que tem menu de classe, e portanto atende a um público privilegiado, não vai ser criticado por esse cliente de alto padrão pelo que cobrou, desde que, o que foi servido, continue de alto nível. Uma das questões que se impõem é: até que ponto o mercado da exclusividade, aqui, pode se expandir? Quantos estabelecimentos de alto luxo ainda cabem? Quantas mais habitações, a um custo de metro quadrado nas nuvens? E o problema viário? Sejamos otimistas. Um novo aeroporto por perto será um alento e não é a toa que está sendo erguido em Canela, para citar um exemplo, um complexo de residências de alto luxo com suporte hoteleiro sem comparação no Brasil, o Kempinski Laje de Pedra.
Outra face da moeda, junto com a expertise em fazer turismo que nos deu fama, Gramado e Canela mantém o que conquistaram e se adaptam aos tempos. Levando-se em conta que, ao estabelecermos uma média de frequência entre o visitante nas altas temporadas, nos eventos consagrados e mo restante do ano, é sabido que a nossa maior demanda ainda é de gaúchos, e que muitas cidades estão passando por dificuldades econômicas, é de se imaginar que tem muita gente vindo para cá com menos dinheiro no bolso. Encontram estadias mais baratas via AirBnb (ou fazem o bate-volta) e se informam onde estão as opções mais baratas na rede gastronômica. Uma coisa é certa: sejam de classes A, B ou C, dificilmente turistas deixarão de vir para a Região das Hortênsias.

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