Tenho para mim que alma gêmea é mais um mistério da vida. E, como mistério, há muitas tentativas místicas e míticas para explicá-lo. Todas elas, entretanto, concordam em uma divisão de partes no passado, deixando uma ânsia de reencontro no presente/futuro.
Contarei a você no texto de agora, passadas poucas horas da noite dos namorados, a versão mais artística de alma gêmea que conheço: a de Platão em O Banquete.
Diz a história que, originalmente, os humanos tinham duas cabeças, quatro braços, quatro pernas e eram felizes assim, completos. Essa completude, porém, provocou a ira dos deuses, pois estes sempre desejaram manter o domínio sobre todos os seres, fazendo-nos acreditar que precisamos de algo que só eles podem conceder. Por punição, os deuses nos dividiram ao meio, arrancando-nos das nossas metades.
Foi assim que cada um de nós passou a se sentir separado, incompleto. Desde então, todo humano carrega dentro de si um desejo e uma nebulosidade sobre o que exatamente lhe falta: a outra metade! E, quando a encontramos, ocorre uma restauração de quem somos em natureza, da alma, que forma amor. Há, por trás, uma força maior também desejando e regendo este encontro, pois este amor capaz de restaurar uma alma, quando em muitos, é capaz de curar a natureza humana.
Como reconhecer se você está num relacionamento ou flerte com sua alma gêmea? É aí que entra a minha sabedora de nutri! Quando nos apaixonamos, por vezes, achamos que é a pessoa da vida – a alma gêmea. Como saber? Um caminho possível para detectar é avaliar o que esta pessoa provoca em você. Ela te drena ou nutri? Te alimenta ou intoxica? Faz você se sentir bem ou mal? O encontro com a outra metade da alma é um restauro, portanto, nos sentimos nutridos, animados, ânima significa alma.
Mais do que um match romântico onde um completa o outro, este tipo de amor nos completa a nós mesmos, animando-nos a seguir o que somos em alma: nossos desejos, sonhos.
Há uma forma mística de se reconhecer alma gêmea, esta aprendi com Paulo Coelho, ainda mais sábia e simples que a minha, de nutricionista:
“E como posso saber que é a minha Outra parte? – Pergunta Brida à mestra maga. “Através do brilho nos olhos”.