(Uma parceria “louca de especial”…)
De acordo com os dicionários, “Meio Ambiente” é o ambiente em que se vive, que está à nossa volta. É o local da residência e envolve dimensões física, social, econômica, política e cultural…
Com relação ao folclore, vemos uma estreita ligação que visa, principalmente, a preservação da natureza, flora e fauna. E, neste contexto, temos as lendas, principalmente, mas também outras manifestações como os ditados e expressões populares.
Nas lendas, temos o Curupira (guardião da floresta), o Mito da Gaia (mãe terra), o Boitatá (protetor das matas e campos, contra incêndios), a Lenda do Milho, do Boto Cor-de-rosa, do Pai do Mato, da Vitória-Régia, da Gralha Azul…
E o homem do interior é um verdadeiro mestre nas falas com expressões e ditados.
Uma espécie de meteorologia popular…
– Céu pedrento, chuva e vento!
– Sábado sem sol? – Noiva sem lençol.
– Saracura na sanga cantando? – Chuva se aproximando.
– O canto do joão-de-barro, anuncia tempo bom.
– Formigas em “alvoroço”, é chuva na certa.
– Ipê floriu, inverno sumiu.
– Andorinhas em revoada, sinal da final de verão.
– Para a madeira não “bichar”, cortar a árvore na lua minguante.
– Vento Norte?… Chuva forte!
Na música, também encontramos essas previsões…
– “O tempo se armou de fato, lá pro lado do Uruguai;
vai chover barbaridade, / e sem poncho ninguém sai…”.
– “Afagar a terra / conhecer os desejos da terra,
cio da terra, a propícia estação / e fecundar o chão…”.
E entre os astros, com certeza a lua é a mais solicitada, cujo fascínio resiste ao longo dos séculos. O folclore se encarrega desse universo de sabedoria.
– A lua influi na germinação dos vegetais, na castração de animais, no corte do cabelo (eu, só corto no terceiro dia da minguante!), na derrubada de árvores, no humor das pessoas, na gestação, no parto, etc.
E um detalhe curioso: o cuidado com a lua está mais presente nas crenças do que nas superstições. Ou seja, mais naquilo que o homem acredita, e menos no que ele teme.
O folclore gaúcho (e brasileiro) deixa bem claro a preocupação do homem com seu meio, como bem podemos ver nos usos, costumes e tradições do Rio Grande do Sul… a nossa terra!