(Em comemoração…)
Como data-símbolo, o 20 de maio é de suma importância para os imigrantes italianos no RS.
Foi no longínquo 20 de maio de 1875, que chegaram por estas plagas (mais precisamente, na localidade de Nova Milano, distrito de Farroupilha) as três famílias pioneiras: Crippa, Sperafico e Radaelli. E a localidade é, por isso o “berço da imigração italiana no RS”.
Na verdade, o imigrante italiano contribuiu significativamente com o desenvolvimento do RS, com presença marcante no trabalho, além da música, culinária, literatura, religião, etc.
Neste ano dos 150 anos da imigração, há vontade e orgulho de sobra para as comemorações.
Pois, como sabemos, são inúmeros elementos da tradição e do folclore que vemos hoje nas comunidades italianas…
– O canto coral, presente na voz forte e vibrante;
– A religiosidade nas Romarias de Nossa Senhora de Caravaggio;
– Na diversão dos jogos como a bocha e a mora;
– Na construção de suas casas, a exemplo da cidade de Antônio Prado, com quase meia centena delas tombadas por lei;
– Na realização dos “filós” – encontros geralmente noturnos na casa de alguém, recebidos à luz de lampião – regados a muita música, canto, trabalho manual e brincadeiras, uma vez que as crianças participam também. Costume hoje encenado para turistas;
– E uma importante presença na formação dos hábitos e costumes do povo gaúcho.
Mas, com toda certeza, é na culinária que lembramos e reverenciamos esse povo generoso e bom: as massas (capeletti, macarrão, ravióli, …..), o galeto, a polenta, o vinho, os risotos, os queijos e salames.
Prova disso, são as festas promovidas pelas prefeituras, em torno da culinária, como as festas do galeto, do vinho, da polenta…
Vale destacar a famosa “cueca virada” (também conhecida por cavaquinho, ceroula virada, mentirinha, orelha de gato…) que ganhou um Evento – o Festival do Grostoli em Garibaldi – com uma criativa chamada:
“Os italianos trouxeram a receita;
e o tempo a transformou em tradição”.
Nosso Estado foi berço de inúmeros imigrantes, num verdadeiro mosaico de etnias formadoras do povo gaúcho.
Símbolo não só de trabalho, mas de fé e esperança, o imigrante italiano (assim como tantos outros) tem destacada participação na formação histórica, econômica, social, religiosa e cultural do Rio Grande do Sul… a nossa terra!