(Afinal, nunca é tarde para saber!…)
Conforme nossos calendários…
Dia Internacional da Educação – 24 de janeiro, instituído pela ONU através de Assembleia Geral em 2018
Dia da Escola – 15 de março, data criada em homenagem ao estabelecimento da Escola no Brasil, realizado pelos jesuítas no século XVI.
Dia Mundial da Educação – 28 de abril, de acordo com o Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, Senegal, no ano de 2000.
E, conforme nossa literatura gauchesca…
No clássico “Antônio Chimango” de Amaro Juvenal, encontramos na “segunda ronda”, estrofes 57, 58, 59 e 60:
“Na Estância havia uma escola / pros filhos da peonada…
C’uma carta de a-b-c / feita com letra de mão,
grudada num papelão, / e sentado no tripeça,
por este modo começa / o mestre a dar-le a lição:
Este é o A, primeira letra, / que conhecer muito importa;
veja bem que não é torta; / é a primeira que se ataca,
tem o feitio de barraca / c’um pau cruzado na porta.
Esta é B, tem dois mamulos, / e, para nunca esquecê-lo
lembre-se dum pessuelo / na garupa atravessado…
Menino, preste atenção; / não se ponha olhar pra rua,
que o meto já na cafua; / entende, vossa mercê?
Estoutra letra é o C, / a forma é de meia-lua.
E, assim por diante, ensinando……….”.
……………………………..
Também Antônio Augusto (Nico) Fagundes, em seus “Causos de Galpão”, historiando sobre o assunto…
O colégio do Alegrete (parte do causo)
“(……………………….)
Mas há muito tempo um oficial foi transferido para o Alegrete e botou os filhos no colégio, ainda no tempo da palmatória e do reguaço. Eu mesmo, que não sou tão velho assim, levei muito beliscão torcido, régua pela cabeça, puxão de cabelo de professora e quando chegava em casa ainda o velho Euclides, meu pai – que tinha dito para a professora nos puxar o matambre! – ainda nos passava o laço, outra vez… Tempos brabos! Mas que a gente aprendia, ah, aprendia. Abaixo de pau, mas aprendia.
Pois o tal oficial, quando foi receber o boletim dos filhos, estranhou aquelas letras LB, LE, B, M, UB. (………………………).
E aí ficou sabendo:
LB – Louco de bueno.
LE – Louco de especial.
B – Buenaço.
M – Macanudo (que era e melhor nota, equivalente a 10).
UB – Uma bosta (esse rodava!…)”.
Nossa literatura gaúcha, com muita propriedade se ocupa da tradição e do folclore para divulgar os usos e costumes do Rio Grande do Sul… a nossa terra!